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Com apoio do DRACO, operação estoura esquema criminoso de venda de remédios

  • Foto do escritor: Gustavo Carneiro
    Gustavo Carneiro
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta segunda-feira (8), a Operação Aurora, uma ação nacional contra uma organização criminosa que vendia ilegalmente o medicamento Cytotec (Misoprostol) e oferecia orientação virtual para a realização de abortos clandestinos.

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A investigação contou com o apoio do Ministério da Justiça, por meio do Projeto IMPULSE, e mobilizou policiais em vários estados, incluindo Paraíba, Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.


Segundo a polícia, o grupo atuava de forma estruturada: além de comercializar o medicamento proibido, os integrantes ofereciam “acompanhamento técnico” às mulheres durante o aborto, tudo pela internet. A venda era feita principalmente através de redes sociais e aplicativos de mensagens.


O esquema veio à tona após um caso registrado em Guaíba (RS), no dia 2 de abril. Uma jovem procurou atendimento médico com fortes dores e acabou expelindo dois fetos no hospital. Ela relatou ter comprado o Cytotec pela internet e recebido instruções de uma suposta “doutora”, que abandonou o atendimento virtual no meio do procedimento.


A investigação identificou que a jovem foi captada através de pesquisas no TikTok sobre gravidez indesejada. Depois disso, ela foi direcionada para um número de WhatsApp, onde recebeu uma tabela de preços do medicamento e a quantidade de comprimidos recomendada conforme as semanas de gestação.


A mulher também foi adicionada a um grupo chamado “Sinta-se Acolhida”, usado para convencer e orientar outras mulheres a realizarem o procedimento, mas sem permitir relatos detalhados sobre como o aborto acontecia, evitando pistas para possíveis denúncias.


Com o avanço das apurações, a Polícia Civil identificou os administradores do grupo, responsáveis pela venda do medicamento e pelo “acompanhamento” das vítimas. Eles atuavam em diversos estados, o que reforçou o caráter interestadual do esquema.


A delegada Karoline Calegari, que conduz o caso, informou que mais de 250 mulheres participavam do grupo, indicando que o lucro dos criminosos pode ser elevado. Ela também destacou que o Cytotec é um medicamento de controle rigoroso, permitido apenas em ambiente hospitalar, sendo proibida sua venda em farmácias.


A Operação Aurora busca esclarecer o papel de cada envolvido e descobrir a origem do medicamento desviado. A Polícia Civil reforçou que a ação é mais um passo na defesa da integridade das mulheres, no combate ao comércio ilegal de drogas e na proteção da vida.


Da Redação com Polícia Civil da Paraíba

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