STJD condena Bruno Henrique em julgamento polêmico
- Gustavo Carneiro
- 4 de set.
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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi condenado nesta quinta-feira (4) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após mais de oito horas de julgamento.
Ele foi acusado de provocar um cartão amarelo de forma intencional em 2023, durante a partida contra o Santos, no Mané Garrincha, o que teria favorecido apostadores.
A Procuradoria denunciou o jogador em vários artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, incluindo manipulação de resultado. No entanto, os auditores o absolveram dessa acusação mais grave (artigo 243), mas decidiram, por 4 votos a 1, que ele feriu a ética esportiva (artigo 243-A). Além disso, Bruno Henrique também recebeu multa.
Defesa e recurso
O atacante participou da audiência por videoconferência, fez um breve pronunciamento e negou as acusações. A defesa foi conduzida pelo advogado Alexandre Vitorino, com apoio dos representantes jurídicos do Flamengo, Michel Assef Filho e Flávio Willeman.
O clube já anunciou que vai recorrer. Até o julgamento no pleno do STJD, o Flamengo tentará um efeito suspensivo para que o jogador continue em campo.
Esfera criminal
O caso não se restringe à Justiça Desportiva. Em abril, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique por fraude esportiva, com base na Lei Geral do Esporte, que prevê pena de dois a seis anos de prisão. A denúncia foi aceita pela Justiça do Distrito Federal, e o atacante se tornou réu no processo.
Além dele, familiares e amigos também são investigados. Segundo a PF, Bruno teria avisado ao irmão, Wander, que receberia um cartão amarelo na partida contra o Santos, em novembro de 2023. A partir daí, apostas envolvendo o lance chamaram atenção de casas de apostas pelo volume incomum de dinheiro.

A investigação começou em agosto do ano passado e incluiu buscas e apreensões, além da análise de mensagens extraídas do celular de Wander, que embasaram a denúncia.





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