CRUELDADE EXTREMA: "Foi o crime mais bárbaro que já vi", afirma delegado

Um homem de 51 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Paraná por estupro e cárcere privado contra sua ex-enteada. Segundo a investigação, a jovem relatou ter sido abusada sexualmente desde os sete anos, sendo mantida sob restrição de liberdade até os 29 anos, quando conseguiu fugir nos últimos dias. A defesa dele não foi localizada.

Imagem ilustrativa - Foto: Fábio Dias/EPR

“Ele é o provável autor de um dos crimes mais bárbaros que já verifiquei na minha carreira na polícia, pois foram crimes praticados durante 22 anos contra uma mulher”, afirmou o delegado Eduardo Kruger Costa, responsável pelo caso. Segundo a polícia, a jovem foi forçada a se casar com o padrasto após engravidar aos 15 anos.

Imagem: Polícia Civil-PR

Ainda conforme a investigação, ele também a obrigava a se relacionar sexualmente com outros homens — atos que eram gravados em vídeo.

“A vítima falou que os abusos eram constantes, às vezes diários. E se ela não demonstrasse prazer ou se os outros homens falassem que não tiveram prazer, ela ainda era agredida por ele. As relações eram sem preservativo e ele a proibiu de tomar anticoncepcional”, acrescenta o delegado.

A vítima teve três filhos dos agressores. As câmeras e gravações foram apreendidas pelas autoridades. A polícia foi alertada sobre o caso por meio do disque-denúncia, quando os agentes entraram em contato com a vítima. Na última semana, ela conseguiu escapar, dizendo que iria a um posto de saúde, mas foi à delegacia.

“Durante o registro da ocorrência, ela recebeu ameaças por telefone e mensagens de áudio. Foram mais de 30 ligações”, disse Costa. Segundo a polícia, ela era monitorada pelo agressor pelas câmeras instaladas na casa. Ele também controlava o celular dela, por meio do qual verificava seus deslocamentos.

A polícia afirmou que a vítima e seus filhos foram acolhidos e estão em local seguro, com medidas protetivas em vigor. O agressor já está na prisão.

O delegado afirmou que, segundo o relato da vítima, o padrasto sempre foi agressivo. “Ele também batia na mãe dela. Outras testemunhas relataram que também o viram atentar contra a mãe com uma faca. Uma filha dele ainda corroborou, o apontando como muito perigoso”.

Denúncias podem ser realizadas em todo o País de forma anônima pelo telefone 180.

Por Estadão